sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

...E assim se ascende a velha chama 2...

Ela me lembra uma musica que diz:
"Você que tanto tempo faz
Você que eu não conheço mais
Você que um dia eu amei,demais

Você que ontem me sufocou
De amor e de felicidade
Hoje me sufoca de saudade

Você que ja não diz pra mim
As coisas que eu preciso ouvir
Você que até hoje eu não esqueci

Você que eu tento me enganar
Dizendo que tudo passou
Na realidade aqui em mim, você ficou

Você que eu não encontro mais
Os beijos que ja não lhe dou
Fui tanto pra  você
E hoje nada sou."

E assim se ascende a velha chama...

Antes eu nunca cria nesse lançe de grande amor, achava algo tão inreal, tão inexistente, só cria em coisas que meus meus olhos poderiam ver. O tempo passou, aquilo que era invisivel para mim tornou-se vivo como o fogo que queima. O amor me veio, arrebatou-me com pujança e violencia, e debil e fraco, me entreguei aquilo que, mais tarde iria me devorar... O tempo continuou a seguir seu rumo normal, meu amor teve que ir, a violência da partida foi pior do que a brutalidade da chegada, ela que me ensinou várias coisas, esqueçeu de ensinar-me a esqueçe-lá - e quem disse que eu queria esqueçe-la ? Me agarrava a tudo aquilo que inutilmente pudesse traze-lá de volta mesmo sabendo, embora mentindo para mim mesmo, que, nada a traria de volta, nada seria como antes. Nesse tempo eu morava em um apto na avenida 13 de Maio (ponto de encontro para quem queria matar aula ) Foram tempos dificeis que passei ao lado dela, foi tanta a antrega que ate esqueci de mim (a pior coisa) foi tanto o amor... muitas palavras ditas e hoje esquecidas (não por mim). Aquele quarto estava empregnado da pessoa formosa que ela era, a sala onde sempre tinha uma rede em que ficavamos a nos balançar e contemplar a janela, o quarto que quase nunca se ascendia a luz quando ela estava lá, a cama incendiada pela lembrança daquilo que passamos e sentimos, a janela de onde eu mirava seu rosto que, lá embaixo gritava por meu nome em meio ao barulho dos carros. Deixar aquele apto foi negar o inicio de um grande amor, uma parte da minha vida que nunca esquecerei, um eu que nunca se doará novamente como me doei. Se não ficou marcas é porque não foi amor.Lutei o quanto pude até o fim, mas era o fim, porem, ainda dorme dentro de mim tudo que passei, senti e amei quando ela esteve aqui, perto de mim, para onde quer que eu vá, levarei esse universo, levarei essas marcas, levarei voce. E hoje, tudo isso é lembrança.

"Após...

Milhares de consoantes e vogais...

Centenas de horas de solidão... Dezenas de impulsos de mudar

A direção... Uma única certeza... Quando terminar a dor Da tua ausência... Continuará essa dor... De saudade...

Do fim... Antes do meio! Um vazio imenso!"