Antes eu nunca cria nesse lançe de grande amor, achava algo tão inreal, tão inexistente, só cria em coisas que meus meus olhos poderiam ver. O tempo passou, aquilo que era invisivel para mim tornou-se vivo como o fogo que queima. O amor me veio, arrebatou-me com pujança e violencia, e debil e fraco, me entreguei aquilo que, mais tarde iria me devorar...
O tempo continuou a seguir seu rumo normal, meu amor teve que ir, a violência da partida foi pior do que a brutalidade da chegada, ela que me ensinou várias coisas, esqueçeu de ensinar-me a esqueçe-lá - e quem disse que eu queria esqueçe-la ? Me agarrava a tudo aquilo que inutilmente pudesse traze-lá de volta mesmo sabendo, embora mentindo para mim mesmo, que, nada a traria de volta, nada seria como antes.
Nesse tempo eu morava em um apto na avenida 13 de Maio (ponto de encontro para quem queria matar aula ) Foram tempos dificeis que passei ao lado dela, foi tanta a antrega que ate esqueci de mim (a pior coisa) foi tanto o amor... muitas palavras ditas e hoje esquecidas (não por mim). Aquele quarto estava empregnado da pessoa formosa que ela era, a sala onde sempre tinha uma rede em que ficavamos a nos balançar e contemplar a janela, o quarto que quase nunca se ascendia a luz quando ela estava lá, a cama incendiada pela lembrança daquilo que passamos e sentimos, a janela de onde eu mirava seu rosto que, lá embaixo gritava por meu nome em meio ao barulho dos carros. Deixar aquele apto foi negar o inicio de um grande amor, uma parte da minha vida que nunca esquecerei, um eu que nunca se doará novamente como me doei.
Se não ficou marcas é porque não foi amor.Lutei o quanto pude até o fim, mas era o fim, porem, ainda dorme dentro de mim tudo que passei, senti e amei quando ela esteve aqui, perto de mim, para onde quer que eu vá, levarei esse universo, levarei essas marcas, levarei voce.
E hoje, tudo isso é lembrança.
"Após...
Milhares de consoantes e vogais...
Centenas de horas de solidão... Dezenas de impulsos de mudar
A direção... Uma única certeza... Quando terminar a dor Da tua ausência... Continuará essa dor... De saudade...
Do fim... Antes do meio! Um vazio imenso!"