sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

Sem Você...

A alma carregada de silêncioA boca entumecida pelos beijosO corpo tão carente dos teus braçosEu acordei com aquele nó no peitoO quarto ainda guardava teu perfumeTalvez fossem os lençóis daquela camaEra um domingo frio de outonoInfelicidade é não viver com quem se ama!

Dor...

Manhã de sol.Nuvem que passa.Passou sem me notar.A tarde cai desanimada...Sou toda solidão.Cacos de vidro esparramados,Bebida pelo chão.Um minuto de silêncio:Já não bate este triste coração!

Pesar...

Fiz um poema tristePorque triste estava o meu coraçãoJá não batia aceleradoApenas batiaAssim amuado,DesesperançadoAcostumadoAdaptadoA um mundo preto e brancoMundo cão atormentadoFiz um poema tristePorque tristes eram as pessoasPorque triste era a vidaPorque triste eu estavaE sem mais a dizerO poema nasceuE triste ficouSó quem leu entendeuMas a tristeza não é máÉ apenas o coraçãoTentando se libertarUm dia passa....tudo passaE nem que seja em sonhoVem a alegria e me abraça.
Aos poucos eu perdi o medo...E fui me lançando aos pouqinhosLevantando minhas âncorasTateando no escuroBuscando, talvez, a certezaOnde tudo era loucuraOnde a razão não valiaE o bater do coraçãoLutava para mostrarQue o amor estava longeUma meta a alcançarFoi quando veio a lucidezUm toque de sensatezRealidade nua e cruaNítida e inquestionávelA verdade verdadeiraAssim, sem eira nem beiraQue me deixou abismadaPois eu me dei conta de repenteDe que eu estava mesmoTotalmente apaixonada!Ai....coração louco de pedra Só apronta, nunca me contaSou a última a saberE ainda por cimaMe faz fazer um poemaPrá ver se você vai entender.....Se é que você vai ler...E se não lerNâo vai me deixar escolhaVou ter que eu mesma dizerE não faço a menor idéiaDe como ou quando fazerMelhor é deixar rolarQue seja o que seráO amor é uma lucuraQue eu faço toda questãoDe nunca, nunca me curar!

Algo de mim...

Um dia a gente acorda e senta na camaE a vida passa toda como no cinemaImagens desconexas, outras nem tantoE vem a inspiração para os poemasSão dias em que só há melancoliaLembranças de um passado já distanteQue insiste em nos lembrar o que esquecemosPorta-retratos expostos na estanteA paixão que nos tirou da seriedadeA traição que nos fizeram por maldadeHistórias que fizeram nossa históriaE que nem sempre moram na saudadeEntão escrever é o que eu façoTentando me livrar desses fantasmasMe viro do avêsso na poesiaE nascem estes poemas cabisbaixos

Um dia...

Poesias são restos de sentimentoCacos de liberdade ou coisa parecidaFragmentos de dor e pensamentoCentelhas de emoção que querem ganhar vida.