terça-feira, 19 de dezembro de 2006

BORBOLETAS

BORBOLETAS Eu sou alguém que dorme... Alguém que sonha... Persegue borboletas no escuro... Mesmo lutando contra a cegueira... Sou um caçador de sonhos... Quando os encontro,não acordo. Durmo e sonho novamente.

É...

Forte é o gemido de uma dor que chega, Largo é o sorriso de uma dor que vai, Ardente é o beijo de uma mãe que vem, Amigo é o abraço de um novo pai, Triste é a partida quando o outro fica, Lindo é o casal que junto se destrai.

MEDUSA

MEDUSA... Deslizo entre tuas mãos Como um barco noturno Entre ilhas. Te apareço em sonhos Sangrando como uma ninfa Na sombra do esquecimento Em que me alojaste Tornei-me um bicho que vive. Uma luz esquisita emana De meus cabelos e te atormenta. Ofereço serpentes E te assusto Espelho o medo que sentes Do que não podes tocar Do que não podes possuir Do que a vida é pequena demais Para alcançar.

PARTIDA

Partida Foram-se os amores que tive Ou me tiveram: Partiram num cortejo silencioso e iluminado. O tempo me ensinou a não acreditar demais na morte E nem desistir da vida: cultivo alegrias num jardim Onde estamos eu,os sonhos idos,os velhos amores e seus segredos. E a esperança – que brilha como pedrinhas de cor entre as raízes.

SE EU FOSSE DEUS...

SE EU FOSSE DEUS... Se eu fosse o sol, Douraria os teus dias ! Se eu fosse a lua, Embelezaria as tuas noites ! Se eu fosse as estrelas do céu, suavizaria tuas dores ! Se eu fosse Deus, Jamais permitiria que Me deixasses !

SEGREDO

Se... Se um dia eu perder você, Se a morte vier, Se eu desaparecer... Não diga nada. Não chore,não sofra. Esqueça quem um dia Eu também existi E você,talvez, Tenha sido feliz !

Sentir

Coisas inexplicáveis acontecem na vida de uma pessoa. Jamais pensei que existisse alguém assim,tão amável e verdadeira como você. Ontem apenas gostava de estar ao seu lado, Hoje eu te amo e percebo o quanto preciso de você. Fecho os olhos para imaginar a figura suave de teu rosto... E então de saudades consigo escrever uma frase: Eu te amo !

SINOS E SINAIS

SINOS E SINAIS Lençóis escondem casais apaixonados,como namorados. Corpos se entregam num interminável abraço. Lábios entreabertos se procuram, Braços se cruzam dando apertado laço e se misturam. Na volúpia do coito se ascende a chama da paixão e da emoção.

SOLIDÃO...

SOLIDÃO Um dia, eu lembro Como lembro !... Fiquei conversando com o tempo Passar rápido, mil vezes rápido... Para te desencontrar. Mas, agora eu sentia Era para te amar. Onde estamos nós ? Sós,eternamente,só Dentro de nós ?
SOLIDÃO PERPÉTUA Não tem saída, o ser humano está condenado a solidão. Por mais que um indivíduo se envolva com um ou milhares de outros indivíduos e consiga ser transparente com todos eles, ainda assim, isso não o impedirá de ser só. Sempre haverá coisas que ele jamais dividirá com os demais, seja um rancor, uma alegria, uma satisfação, um conhecimento, uma dor, um carinho, uma revolta, um medo, uma verdade, enfim, alguma coisa. Não que ele venha a fazer isso por mera e espontânea vontade, não. Muito pelo contrario, isso simplesmente acontecerá porque o ser humano é naturalmente desconfiado, medroso, de seus próprios semelhantes. Há sempre em sua mente o medo de não ser aceito, ser rejeitado, não ser compreendido pelos demais. Ainda que fosse possível a dois indivíduos passar cem anos juntos numa cela de uma prisão, nada evitaria que o sentimento de solidão viesse a brotar em ambos os seres. De toda maneira, sempre haveria coisas que um jamais dividiria com o outro, como um sonho, uma carência, uma saudade, etc. Às vezes, essa falta de total desnudamento do próprio ser para com o outro ser não ocorre por mera e vã desconfiança, medo do outro. Isso pode acontecer por uma questão de puro auto-preenchimento mesmo, e que, inevitavelmente, todo indivíduo, sem exceção, carrega dois mundos dentro de si: um, que pode ser dividido com os demais, e o outro, feito somente para si. Por outro lado, desde que o mundo é mundo a relação indivíduo-coletividade sempre foi algo conturbado, principalmente quando o indivíduo começa a tomar consciência de sua própria individualidade e sente falta de algumas alternativas que simplesmente a coletividade não oferece. E é aí que o indivíduo toma conhecimento de sua propria solidao, não sabe se aceita os ditames que o mundo lhe oferece ou se segue a risca aquilo que acredita. É o "ser ou não ser, eis a questão?" como diria Shakespare. Por um lado tem-se o meio querendo modelar o indivíduo e, por outro, o indivíduo querendo trilhar seu próprio caminho. E aí, qual e a saída, aceitar as conveniências ou arriscar a autenticidade? Há 2.500 anos, Platão nos oferece uma alegoria, a da caverna, que explora direitinho os riscos pelos quais passa um indivíduo que decide criar uma nova realidade e cujo desfecho se estabelece sobre duas alternativas: ou a solidão voluntária, ou a solidão pela força. E é só escolher. Por fim, como a solidão é o destino comum de todo ser humano, varias são as formulas a que a humanidade recorre para se sentir menos só. Uns recorrem a religião, outros ao amor, outros a porralouquice, outros ao esbanjamento, enfim, o que não falta é alternativa. Cada um tem seus meios para tentar superar a própria solidão. Qual delas é a ideal, isso jamais ninguém saberá, ate porque esse é um assunto que ainda é um tabú dentro da consciência coletiva e quase ninguém quer falar sobre isso. Max Marduque Abrion9@hotmail.com
TALVEZ... Talvez tenha sido por um olhar... Talvez por um sorriso... Talvez tenha sido por aquelas palavras Ou talvez aquele instante contigo... Talvez um dia estaremos juntos e Talvez possa existir outros momentos E aí quem sabe... Nem tudo estará perdido.
VISÃO Já viu o sol quando nasce No frio das madrugadas ? Devagarinho vai iluminando a terra... Já viu a lua quando surge nas cálidas Noites de verão ? Bem da mansinho vai embelezando o mundo... Já viu as estrelas despontando no céu ? Suavemente vão divinizando o firmamento... Você é como o sol,a lua,as estrelas: Iluminando,embelezando,divinizando O que ainda resta de mim.